Apesar de 54% da população achar que o presidente é responsável pela tenebrosa condução da pandemia, Bolsonaro está usando a Lei de Segurança Nacional para processar quem o chama de genocida. “Além do influenciador Felipe Neto, Bolsonaro deveria processar Antônio Houaiss e Aurélio Buarque de Holanda, já que o dicionário define como genocida quem extermina parte de uma população”, declarou um linguista. Segundo o especialista, já que não gosta da expressão, Bolsonaro teria o direito de ser chamado de “presidente em situação de genocídio”.
“Não é porque o presidente minimizou o vírus, não quis comprar vacina, promoveu tratamento precoce com medicamento ineficaz, estimulou aglomeração, criticou a quarentena, lutou contra lockdowns e falou mal das máscara que as pessoas têm o direito de sair chamando ele de assassino”, declarou o empresário José Gado, apoiador de Jair Bolsonaro.
Juristas acreditam que, para escapar do julgamento sobre a rachadinha, Bolsonaro estaria cometendo crime contra a humanidade só para ter foro especial em Haia.
Publicado em VEJA de 24 de março de 2021, edição nº 2730