Brasileiros que sofrem de uma doença cardíaca rara aguardam a inclusão no SUS de um medicamento de alto custo usado no controle da enfermidade. Já disponível no SUS desde 2019 para o tratamento da polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), o medicamento Tafamidis Meglumina está agora em avaliação para ser oferecido no sistema público para os pacientes que sofrem de amiloidose cardíaca por transtirretina.
Em dezembro, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) avaliou o pedido de incorporação da droga ao SUS e o parecer inicial foi negativo. A mobilização da sociedade pode reverter esse quadro por meio da consulta pública, que fica no ar no site da CONITEC até o dia 25 de janeiro. O recurso é usado para coletar opiniões e críticas da população a respeito de determinado tema, a fim de ampliar a discussão sobre o assunto e embasar as decisões sobre políticas públicas.
A amiloidose cardíaca por transtirretina é uma doença rara causada pela instabilidade desta proteína e é mais comum em idosos. À medida que os depósitos da transtirretina no tecido do coração aumentam, o órgão vai se tornando rígido, com paredes espessas, podendo levar o paciente à morte.