A ativista Sara Winter, investigada por participação nos chamados atos antidemocráticos, bateu à porta da Procuradoria-geral da República para oferecer um acordo de delação premiada. Embora incipiente, a negociação já está em curso.
Na manhã desta quinta, 08, ela participou de uma audiência e tratou do tema com o procurador da República Aldo de campos Costa, responsável pelo inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar o financiamentos das manifestações classificadas de anti-democráticas.
Sara, porém, não está falando sobre o assunto apenas com a PGR. Ela também avisou a outros alvos do processo que estava em vias de delatar. Nessas mesmas conversas, disse que, se conseguir firmar o acordo, pretende deixar o Brasil.
Perguntado, Costa afirmou que não iria comentar o assunto. Sara, no primeiro momento, negou que esteja em negociação. Depois, pediu um tempo para se manifestar e disse que não tinha nada para declarar.
Fundadora do movimento “300 pelo Brasil”, Sara chegou a ser presa pela Polícia Federal por sua atuação, de acordo com os investidores, em protestos que atentavam contra os princípios democráticos. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica.
O grupo chefiado por Sara protagonizou um dos episódios mais emblemáticos das manifestações que estão na mira do STF, ao organizar um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em maio do ano passado, que durou cerca de um mês e meio. Parte dos manifestantes presentes nesse ato pediram o fechamento do Congresso e do próprio Supremo.