O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL), demitido do Ministério do Turismo pelo presidente Jair Bolsonaro, prometeu a ele que não sairia atirando no governo ao qual serviu com tanta dedicação e pouco talento. Bolsonaro, ao se referir a ele depois de demiti-lo, prometeu que o seguirá apoiando no que for preciso.
O presidente é grato ao ex-ministro por tê-lo carregado ensanguentado junto com outras pessoas depois da facada que levou em Juiz de Fora no dia 6 de setembro de 2018 quando estava em campanha. Marcelo confia que Bolsonaro não lhe faltará nas dificuldades que terá de enfrentar na justiça.
Nas eleições daquele ano, por indicação do PSL de Minas, à época presidido por Marcelo, o comando nacional do partido destinou R$ 279 mil a quatro candidatas. A soma correspondia ao percentual mínimo de 30% exigido pela justiça para candidaturas femininas. Juntas, elas tiveram pouco mais de dois mil votos.
A Polícia Federal indiciou Marcelo sob a suspeita dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e associação criminosa, delitos com penas de até cinco, seis e três anos de reclusão, respectivamente. Depois ele se tornou alvo de denúncia por parte do Ministério Público de Minas Gerais.
Mantendo-o no ministério, Bolsonaro preferiu ignorar o indiciamento e a denúncia em agradecimento ao que Marcelo fez por ele. Marcelo, que na véspera de sua demissão teceu loas a Bolsonaro sobre quem paira “a mão de Deus”, espera jamais ser esquecido pelo presidente. Sempre juntos. Vida que segue.