Aos 25 anos, Rodolfo Breciani Penna conquistou uma vaga no cargo de Procurador do Estado de São Paulo, após enfrentar um dos concursos públicos mais exigentes da área jurídica. A jornada até a aprovação foi marcada por uma rotina de estudos intensa, disciplina rigorosa e decisões estratégicas que o ajudaram a manter o foco ao longo do processo.
Rodolfo iniciou a preparação durante a graduação em Direito, mas intensificou os estudos após concluir o curso. Segundo ele, a escolha pela carreira pública foi motivada pela estabilidade e pela chance de atuar com temas jurídicos relevantes para o interesse coletivo. A Procuradoria do Estado, para ele, reúne elementos como complexidade técnica, impacto social e segurança profissional.
A rotina de estudos era planejada nos mínimos detalhes. O dia começava às seis da manhã, com duas horas de estudo antes do trabalho. À noite, ele retomava o conteúdo até as 23h. Fins de semana também eram aproveitados para revisar matérias, fazer simulados e aprofundar temas mais complexos. A consistência na aplicação da rotina, segundo o procurador, foi decisiva para o desempenho nas provas.
Rodolfo adotava um método baseado em revisões constantes. Utilizava grifos em materiais digitais, especialmente PDF, e retornava a eles várias vezes ao longo da semana. A estratégia, segundo ele, permitia revisar o conteúdo de forma mais ágil e garantir maior fixação. Ele também enfatiza a importância de aliar teoria com leitura da legislação seca e resolução de questões, especialmente para treinar a interpretação exigida nas fases discursivas e orais.
Mesmo com todo o planejamento, o processo não foi livre de dificuldades. O procurador afirma que o maior desafio não foi técnico, mas emocional. Momentos de insegurança, medo do fracasso e cansaço acumulado fizeram parte do caminho. Para lidar com isso, ele buscava manter uma rotina saudável, incluindo momentos com a família, prática de exercícios físicos e pausas para descanso, mesmo que breves.
A experiência prévia com outros concursos também contribuiu para sua evolução. Ele chegou a ser aprovado na Procuradoria do Município de Porto Alegre, mas optou por não tomar posse. A vivência, no entanto, serviu para entender o funcionamento das bancas e desenvolver segurança em provas orais, um dos pontos decisivos para a aprovação final na PGE-SP.
Atualmente no exercício do cargo, Rodolfo afirma que a rotina como procurador é exigente e desafiadora. Os casos envolvem grandes valores, discussões constitucionais e decisões com impacto direto em políticas públicas. Ele destaca que a função exige não apenas domínio técnico, mas também capacidade de argumentação e atualização jurídica constante para lidar com temas sensíveis e complexos.
Para os que iniciam agora a jornada nos concursos jurídicos, Rodolfo deixa uma orientação direta: não existe fórmula mágica, mas sim um processo de constância. Segundo ele, a aprovação é resultado de uma construção diária, baseada em disciplina, adaptação de métodos e controle emocional. E completa dizendo que o esforço vale a pena quando se conquista um espaço de relevância na advocacia pública.
Autor: Liam Smith