A cirurgia de prótese de mama é uma das mais procuradas no mundo, motivada por razões estéticas ou reconstrutivas. Como elucida Alan Landecker, médico e cirurgião plástico, embora seja um procedimento amplamente seguro e eficaz, existem riscos associados, especialmente quando se considera o longo prazo. A compreensão desses riscos é essencial para que pacientes tomem decisões informadas sobre seus corpos e saúde.
Nesse artigo, vamos explorar quais são os riscos envolvidos em uma cirurgia de implantes mamários.
Leia para saber mais!
Quais são os principais riscos imediatos e a longo prazo associados aos implantes mamários?
Conforme explica Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica, logo após a cirurgia de implante mamário, complicações como infecção, hematoma, e reação alérgica ao anestésico podem ocorrer. Essas complicações imediatas são relativamente raras, mas podem exigir intervenção médica adicional, incluindo remoção do implante em casos graves. No entanto, muitos pacientes enfrentam complicações a longo prazo, como contratura capsular, onde o tecido cicatricial ao redor do implante endurece, causando dor e deformação da mama.
Além disso, existem preocupações com a durabilidade dos implantes. Com o passar dos anos, há uma chance de ruptura do implante ou deflação, o que pode levar à necessidade de cirurgias adicionais para substituição ou remoção. Estudos sugerem que a maioria dos implantes mamários deve ser substituída após 10 a 15 anos, aumentando a necessidade de monitoramento contínuo e possíveis procedimentos cirúrgicos futuros.
Como a escolha do tipo de implante influencia no risco de complicações?
A escolha entre implantes de silicone e solução salina pode influenciar os tipos de riscos enfrentados a longo prazo. Implantes de silicone são populares por proporcionarem uma sensação mais natural, mas quando rompem, o silicone pode se espalhar para os tecidos circundantes, muitas vezes sem sintomas óbvios. Isso pode levar a uma condição conhecida como “silicone bleed” ou migração de silicone, que pode causar inflamação e complicações sistêmicas.
Por outro lado, os implantes de solução salina, que são preenchidos com água salgada estéril, têm a vantagem de que, caso ocorra um rompimento, o corpo simplesmente absorve a solução salina. No entanto, como pontua o médico Alan Landecker, o risco de deflação é maior com implantes salinos, o que pode resultar em uma aparência assimétrica da mama, exigindo intervenção cirúrgica para correção.
O que os estudos dizem sobre o risco de doenças sistêmicas relacionadas aos implantes?
Pesquisas ao longo dos anos têm investigado a ligação entre implantes mamários e doenças autoimunes ou sistêmicas, como o linfoma anaplásico de grandes células (LAGC) associado ao implante mamário (BIA-ALCL). De acordo com o cirurgião plástico Alan Landecker, embora seja uma condição rara, o LAGC associado a implantes têm levantado preocupações significativas, especialmente em relação a implantes texturizados.
Além do LAGC, alguns pacientes relatam sintomas de “doença do implante mamário”, incluindo fadiga crônica, dor nas articulações, e problemas cognitivos. Embora não haja consenso médico sobre a conexão direta entre esses sintomas e os implantes, esses relatos têm levado a uma maior vigilância e ao desenvolvimento de diretrizes mais rígidas para o monitoramento de pacientes com próteses de mama.
Tomando decisões Informadas
Em resumo, a decisão de colocar implantes mamários envolve considerar uma série de fatores, desde benefícios estéticos até os riscos a longo prazo. Embora os implantes possam melhorar a autoestima e qualidade de vida, é crucial estar ciente das possíveis complicações que podem surgir com o tempo. Consultar-se com um cirurgião plástico experiente e estar bem informado sobre os riscos e benefícios é fundamental para tomar uma decisão consciente e garantir a saúde e bem-estar a longo prazo.