A médica neurologista Cláudia Soares Alves, de 42 anos, está sendo investigada por sequestrar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia, Minas Gerais. Cláudia conseguiu entrar na unidade de saúde utilizando um nome falso e alegando que substituiria uma funcionária ausente.
Segundo depoimento do vigilante do hospital à Polícia Civil de Goiás, Cláudia se apresentou como “Amanda” e afirmou que cobriria o plantão de pediatria. O vigilante desconfiou da situação e tentou verificar a veracidade da informação com colegas.
Apesar das suspeitas, a equipe de segurança encontrou Cláudia, que estava uniformizada e com um crachá, e a acompanhou até a saída sem revistá-la. As câmeras de segurança registraram o momento em que ela chegou ao hospital, por volta das 23h18, vestida com jaleco, touca, máscara, luvas e uma mochila amarela.
A bebê, que havia nascido às 21h, foi colocada na mochila de Cláudia. A polícia acredita que a médica conversou com os seguranças e o pai da criança enquanto a recém-nascida estava escondida na bolsa. Cláudia foi presa preventivamente no dia seguinte, em Itumbiara, Goiás, a mais de 130 km do hospital.
Na casa de Cláudia, a Polícia Civil encontrou a empregada doméstica cuidando da bebê. A empregada, que trabalha com Cláudia há quatro anos, disse que ficou surpresa ao ver a recém-nascida e não acreditou que fosse filha da patroa. No carro da médica, os policiais encontraram um enxoval completo, que Cláudia alegou ser um presente para a empregada, que está grávida.
A bebê foi devolvida à família, e um vídeo mostra o emocionante reencontro dos pais com a filha. A mãe, Natalia Rodrigues, agradeceu aos profissionais que resgataram a criança.
A defesa de Cláudia alega que ela sofre de transtorno bipolar e estava em crise psicótica no momento do sequestro, sem capacidade de discernir suas ações. O hospital informou que está colaborando com as investigações e revisando seus protocolos de segurança para evitar futuros incidentes.