Segundo a entendedora do assunto Cristiane Ruon dos Santos, o processo criativo na confecção de roupas autorais envolve uma combinação única de inspiração, técnica e planejamento, resultando em peças que expressam identidade e originalidade. Desde o momento em que a ideia surge no papel, no formato de um croqui, até o desfile na passarela, cada etapa é cuidadosamente pensada para transmitir um conceito e encantar o público. Esse percurso exige não apenas domínio das habilidades de modelagem e costura, mas também sensibilidade artística, conhecimento de tendências e atenção a cada detalhe de acabamento.
Mergulhe nos bastidores da moda e descubra como ideias ganham forma, cor e movimento até brilharem sob os holofotes da passarela.
Como começa o processo criativo na confecção de roupas autorais?
O processo criativo na confecção de roupas autorais começa pela busca de inspiração, que pode vir de diversas fontes, como elementos da natureza, referências históricas, movimentos culturais ou experiências pessoais do designer. Essa fase inicial é fundamental para definir o conceito da coleção e a mensagem que se deseja transmitir por meio das peças.
A partir dessa inspiração, o estilista cria croquis que traduzem visualmente suas ideias. Nesse momento, já são considerados aspectos como silhueta, caimento e possíveis combinações de tecidos e cores. Conforme Cristiane Ruon dos Santos, é uma etapa que une liberdade artística e pensamento estratégico, pois as escolhas precisam estar alinhadas à viabilidade técnica e comercial do projeto.
Além dos desenhos, muitos criadores também desenvolvem painéis de referência, conhecidos como moodboards, para reunir imagens, texturas e paletas de cores que servirão de guia durante todo o desenvolvimento da coleção. Essa organização visual é essencial para manter a coesão estética do trabalho.
Quais etapas transformam o croqui em uma peça pronta para a passarela?
No processo criativo na confecção de roupas autorais, a transição do croqui para a peça real começa com a escolha dos materiais. Tecidos, aviamentos e detalhes de acabamento são selecionados de acordo com o conceito estabelecido e a funcionalidade desejada para cada modelo.

Em seguida, vem a modelagem, onde o desenho é transformado em moldes que servirão de base para o corte e a costura. De acordo com a entendedora Cristiane Ruon dos Santos, essa etapa exige precisão técnica, pois qualquer ajuste incorreto pode comprometer o caimento e o resultado final da peça. Muitas vezes, são feitos protótipos em tecidos de teste para verificar proporções e fazer ajustes necessários antes da produção definitiva.
Com a modelagem aprovada, inicia-se a confecção, que envolve corte, costura e aplicação de detalhes. É aqui que o trabalho manual e a atenção minuciosa ganham destaque, garantindo que cada peça atenda aos padrões de qualidade e estética pensados pelo criador, resultando em um produto final que traduz fielmente o conceito da coleção.
Como o desfile valoriza o processo criativo na confecção de roupas autorais?
O desfile é a etapa final do processo criativo na confecção de roupas autorais, onde todo o trabalho ganha vida diante do público. É mais do que apenas apresentar peças — trata-se de criar uma experiência sensorial que envolva música, iluminação, cenografia e performance dos modelos para transmitir o conceito da coleção de forma impactante. É nesse momento que o estilista concretiza sua visão artística, transformando ideias em imagens memoráveis. Além disso, o desfile é uma oportunidade de gerar conexões emocionais com o público e deixar uma marca duradoura na memória dos espectadores.
Por fim, como destaca Cristiane Ruon dos Santos, a escolha dos looks que irão para a passarela é estratégica. Nem sempre todas as peças desenvolvidas fazem parte da apresentação; são selecionadas aquelas que melhor representam a essência da coleção e criam uma narrativa visual coerente. Essa curadoria é essencial para garantir que a mensagem seja compreendida e apreciada. O posicionamento de cada look na sequência do desfile também é pensado para manter o impacto visual e contar uma história progressiva. Assim, cada entrada contribui para a construção do clima e da identidade da coleção.
Autor: Liam Smith