A negociação de imóveis exige cautela, especialmente quando há ações judiciais em andamento envolvendo o bem. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim explica que tanto compradores quanto vendedores podem sofrer prejuízos relevantes se ignorarem os efeitos de processos pendentes. A venda pode até ser anulada, dependendo do tipo de ação e da fase em que se encontra.
Imóveis com pendências judiciais geralmente estão ligados a discussões de posse, dívidas, inventários, execuções ou disputas entre herdeiros. Em muitos casos, essas situações impedem a transferência legal do bem. Por isso, é fundamental avaliar o histórico completo antes de formalizar o negócio. Contar com ajuda especializada é importante para enxergar o panorama geral. A seguir, entenda os riscos envolvidos para ambas as partes.
Riscos para o comprador: perda do imóvel ou bloqueio patrimonial
Para o comprador, o maior risco é adquirir um imóvel que não pode ser transferido ou que venha a ser penhorado futuramente por conta de dívidas do antigo proprietário. Mesmo que o negócio tenha sido feito de boa-fé, a Justiça pode determinar o cancelamento da venda ou a perda da posse do bem. O Dr. Christian Zini Amorim reforça que o simples registro no cartório não garante segurança jurídica total quando há ações em curso.

O bloqueio judicial do imóvel após a assinatura do contrato também é um risco comum, especialmente se o processo estiver em andamento, porém sem restrição formal na matrícula. Se houver uma execução fiscal, por exemplo, o bem pode ser penhorado mesmo após a venda. Sem a devida análise, o comprador pode enfrentar longas batalhas judiciais e custos inesperados.
Riscos para o vendedor: responsabilização e anulação da venda
Já o vendedor que omite a existência de processos judiciais pode ser responsabilizado por perdas e danos. Isso ocorre tanto em vendas diretas quanto em negócios intermediados. A depender do caso, a venda pode ser anulada por má-fé ou por tentativa de fraude contra credores. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim alerta que a transparência na negociação é essencial para evitar litígios posteriores.
Mesmo quando a pendência judicial não impede diretamente a venda, ela deve ser informada com clareza ao comprador. Em algumas situações, o juiz pode determinar a indisponibilidade do bem após o contrato assinado, o que gera insegurança jurídica para todos os envolvidos. Além disso, a responsabilidade pode recair sobre o vendedor caso fique comprovada sua ciência sobre o risco.
Cuidados essenciais antes da compra ou venda
O primeiro cuidado é obter a matrícula atualizada do imóvel e verificar se há alguma averbação que indique ação judicial, penhora ou restrição de venda. Essa análise deve ser complementada com uma pesquisa detalhada nos tribunais sobre o CPF ou CNPJ do proprietário. A presença de ações cíveis, trabalhistas ou fiscais pode sinalizar risco potencial. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim ressalta que a avaliação jurídica prévia pode evitar prejuízos consideráveis ao identificar se o bem está protegido por alguma medida judicial, pois em muitos casos, a simples emissão de certidões negativas não é suficiente para garantir a segurança do negócio.
Conclusão: transparência e assessoria são o caminho seguro
Negociar imóveis com pendências judiciais exige máxima atenção. A falta de clareza pode gerar perdas patrimoniais, litígios e frustrações para ambas as partes. Como reforça o Dr. Christian Zini Amorim, o caminho mais seguro é a transparência. Quando vendedor e comprador atuam com apoio jurídico e acesso à informação completa, é possível reduzir riscos e assegurar uma negociação justa e estável. O custo da prevenção é sempre menor que o de uma disputa na Justiça.
Autor: Emma Willians